sexta-feira, 26 de maio de 2017

ECONOMIA Empresa confirma estudos pró-expansão da ferrovia em Mato Grosso

ECONOMIA
Empresa confirma estudos pró-expansão da ferrovia em Mato Grosso

A ferrovia hoje em Mato Grosso está presente apenas no trecho entre os municípios de Alto Taquari e Rondonópolis
A ferrovia hoje em Mato Grosso está presente apenas no trecho entre os municípios de Alto Taquari e Rondonópolis
A Concessionária Rumo ALL, que detém a concessão da malha ferroviária em Mato Grosso, confirmou que vem estudando o projeto de expansão dos trilhos até Cuiabá e depois, até Sorriso, no médio-norte, em virtude das solicitações do Governo de Mato Grosso e de diversas entidades estaduais, que demonstram interesse na obra por sua importância para o Estado. Contudo, dados sobre capacidade, demanda e investimentos ainda não foram definidos.
Segundo estimativas, a ampliação dos trilhos de Rondonópolis a Cuiabá e, posteriormente, até Sorriso, como está sendo estudado, deverá demandar R$ 5 bilhões em investimentos no total. Os trilhos da Ferrovia Senador Vicente Vuolo chegaram a Mato Grosso em 2000, com a inauguração do terminal de Alto Taquari, e avançaram até Rondonópolis, em 2013. No total, o trecho entre Rondonópolis e Sorriso terá cerca de 600 km.
De acordo com o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo, os benefícios que poderão surgir com os trilhos até Cuiabá e, posteriormente Sorriso, são imensuráveis. “Basta analisar o impacto positivo que a chegada da ferrovia trouxe aos municípios que tiveram seus terminais instalados, como Alto Araguaia e Rondonópolis. A movimentação econômica aumentou, muitas empresas se instalaram, terras valorizaram e novos postos de trabalho surgiram”.
Diversas empresas atuam no terminal ferroviário de Rondonópolis, considerado o maior da América Latina, representando em aumento de arrecadação ao poder público. Atualmente, segundo o Município, mais uma indústria do setor de fertilizantes está em fase de implantação no local, que se juntará com as demais empresas na área de logística, fertilizantes, esmagamento de soja, produção de biodiesel, distribuição de combustível, entre outras.
Francisco Vuolo acredita que, para Cuiabá, os benefícios serão ainda maiores, pois a cidade é o centro consumidor do Estado, o que permitirá um fluxo de produtos a serem transportados de São Paulo para Mato Grosso, a chamada carga de retorno. “E esse fluxo, com certeza, trará produtos industrializados de valor agregado”, diz. “Hoje os vagões vão cheios e voltam vazios”.
Outro ponto destacado por Francisco é que, com a chegada do trem em Cuiabá, será possível ainda explorar o transporte de passageiros entre a capital e Rondonópolis, promovendo uma integração social entre as duas cidades, conforme indicado nos estudos de viabilidade.
“Essa tarefa de transporte de longos percursos, com riscos maiores aos caminhoneiros de acidentes, roubos e menor segurança, não cabe ao transporte rodoviário e, sim, ao ferroviário ou hidroviário. Por isso, teremos os caminhões fazendo as curtas distâncias, viajando na mesma intensidade, e os trens nas longas distâncias”, defend

Quase 4 mil quilômetros Brasil dá sinal verde à construção da “Ferrovia Transoceânica”

Quase 4 mil quilômetros
Brasil dá sinal verde à construção da “Ferrovia Transoceânica”

A via férrea que unirá o Atlântico ao Pacífico começaria na costa do Brasil, cruzaria a selva amazônica e a cordilheira dos Andes e terminaria no litoral peruano, depois de passar pelar Bolívia
A via férrea que unirá o Atlântico ao Pacífico começaria na costa do Brasil, cruzaria a selva amazônica e a cordilheira dos Andes e terminaria no litoral peruano, depois de passar pelar Bolívia
Brasília
O Brasil deu o sinal verde ontem (22) em uma reunião técnica em La Paz ao projeto de construção do “trem bioceânico”, também conhecido como Ferrovia Transoceânica, com financiamento da Alemanha e da Suíça, que beneficiará o comércio de cinco nações sul-americanas (Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai e Brasil). As informações são da agência de notícias alemã DPA.
“O Brasil tem interesse e vontade [de participar] deste esforço coletivo para chegar a mercados asiáticos e aproveitar a linha férrea que chega a Corumbá (lado brasileiro) e a Puerto Suárez (na Bolívia)”, anunciou o coordenador de Assuntos Econômicos para a América do Sul da chancelaria brasileira, João Carlos Parkinson de Castro.
Ele destacou que será importante estabelecer acordos de “harmonização aduaneira” para que haja uma circulação fluída dos trens na rota Brasil-Bolívia-Peru.
SOBRE TRILHOS
O ministro boliviano de Obras Públicas, Milton Claros, saudou a adesão do Brasil. “Estamos sobre trilhos”, disse, na primeira reunião técnica que se realizou ontem na chancelaria boliviana com a participação de representantes da Alemanha, Suíça, Brasil, Peru, Paraguai, Uruguai, Bolívia, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporação Andina de Fomento (CAF).
O vice-ministro alemão de Transportes e Infraestrutura Digital, Rainer Bomba, confirmou que umas 30 empresas alemãs e suíças estão interessadas no financiamento e construção do “Corredor Ferroviário Bioceânico Central”, nome oficial de uma linha ferroviária que teria uns 3.750 quilômetros de comprimento quando concluída. “Este é um tremendo projeto. Agora resta definir os objetivos de investimento para sua construção”, afirmou Bomba.
“CANAL DO PANAMÁ DO SÉCULO 21”
O vice-ministro alemão de Transportes assinou, junto ao ministro boliviano Milton Claros, um memorando de entendimento para consolidar o Corredor Bioceânico, num ato do qual participou o presidente da Bolívia Evo Morales. “Estamos convencidos que o trem bioceânico entre Brasil, Bolívia e Peru será o Canal do Panamá do século 21”, destacou o mandatário.
A via férrea que unirá o Atlântico ao Pacífico começaria na costa do Brasil, cruzaria a selva amazônica e a cordilheira dos Andes e terminaria no litoral peruano, depois de passar pelar Bolívia. O governo de La Paz aposta forte nesta obra porque quer evitar o uso de portos do norte do Chile, país com o qual mantém um litígio histórico por uma saída soberana ao mar.
O traçado incluiria os trechos Santos-Campo Grande (no Brasil), Puerto Suárez (Bolívia) e Ilo (Peru) e seu custo é calculado em cerca de 14 bilhões de dólares, segundo o estudo técnico feito pela Bolívia.

Governos de MT, AC, RO e China se unem para construir Ferrovia

Governos de MT, AC, RO e China se unem para construir Ferrovia

Ferrovia Transoceânica ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.
Representantes da China visitam MT nesta semana.

Do G1 MT
Ferrovia Transoceânica passará por vários estados brasileiros até chegar ao Oceano Pacífico pelo Peru. (Foto: Reprodução/TVCA)Ferrovia Transoceânica passará por vários estados brasileiros até chegar ao Oceano Pacífico pelo Peru. (Foto: Reprodução/TVCA)

Um protocolo de intenções em prol da Ferrovia Transoceânica foi assinado em Ji-Paraná (RO), nesta segunda-feira (8), pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques, do Acre, Tião Viana, e de Rondônia, Confúcio Moura. A cerimônia de assinatura do protocolo de intenções contou com a presença do embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, e um grupo de 23 empresários chineses que fazem uma expedição pelas cidades que serão beneficiadas com a implantação da Ferrovia Transoceânica.
O protocolo é resultado de uma parceria estratégica firmada entre os dois países e os 35 acordos assinados pela presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, no último dia 19 de maio. Um deles prevê o estudo de viabilidade de implantação da Ferrovia Transoceânica, que, pelo projeto, sai do Rio de Janeiro, passa por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre e termina no Peru.
A China quer aumentar os negócios na América Latina, e facilitar o acesso à produção brasileira, principalmente de soja, sem depender do Canal do Panamá, que tem forte influência dos Estados Unidos. Mas para se tornar realidade, o projeto tem que enfrentar desafios de engenharia, ambientais e políticos.
Especialistas afirmam que os investimentos na ferrovia podem ficar próxima a R$ 30 bilhões. Os mais beneficiados seriam os produtores rurais do Oeste de Mato Grosso, que teriam um caminho mais curto para escoar a safra, principalmente de soja, reduzindo o transporte pelas rodovias. Em 2014, a China importou de Mato Grosso produtos no valor de US$ 4,9 bilhões, sendo que US$ 4,6 bilhões foram destinados à importação de soja, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Governador de Mato Grosso, Pedro Taques, assinou protocolo de intenções nesta segunda-feira (8) em Rondônia. (Foto: Secom-MT)Governador de Mato Grosso, Pedro Taques,
assinou protocolo de intenções nesta segunda (8)
(Foto: Secom-MT)
Para o governador de Mato Grosso, que esteve com o representante da República Popular da China em Brasília para discutir sobre a ferrovia em maio, esta é uma obra importante para o Estado. “Nos anima mais ainda o fato do governo federal tratar publicamente da ferrovia como um projeto estratégico para o Brasil. Mato Grosso ajuda muito o Brasil, agora, o Brasil também precisa ajudar Mato Grosso e os estados produtores", disse na ocasião.
De acordo com o governo do Estado, a previsão é de que a comitiva chegue em Mato Grosso às 8h da terça-feira (9), em Comodoro, localizado a 644 km a Oeste de Cuiabá, onde os representantes serão recebidos pelo governador e o vice-governador, Carlos Fávaro.
A programação prevê que a comitiva visite ainda Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, durante o almoço e siga para Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, onde na quarta-feira (10) a implantação da ferrovia será discutida em um evento, com a presença do governador e, possivelmente, do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, representando o governo federal.
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